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17/11/11

Como uma folha solta

                                                                                     

Hoje sou uma folha solta
e por engano,sinto-me perdida
rasgada pedaços dum nada
olho-me, e vejo-me
mas não me queixo
faço versos de palavras tristes
que o mundo não lê
esquecendo que eu existo...
E que caminhas a meu lado
anos, dias sem me ver!
E como folhas amareladas
escrevo este borbulhar
de canto á poesia
para que cale em mim
esta procura que não vejo
mas que sinto no desejo,
a esmola que o poeta
sente, pede chora
quando de ti implora
apenas uma migalha
uma gota de orvalho
na minha fantasia!

São Percheiro

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