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29/12/11

Intimidade


Toda alcova em penumbra. Em desalinho o leito
onde nus, o meu corpo e o teu corpo estirados
na fadiga que vem do gozo satisfeito,
descansam do prazer felizes, irmanados.


Tendo a minha cabeça encostada ao teu peito,
e, acariciando os meus cabelos desmanchados,
és tão meu... sou tão tua. Ainda sob o efeito
da louca embriaguez dos momentos passados.


Porém, na tua carne insaciável, ardente,
o desejo reacende, estua... e, de repente
dos meus seios em flor beijas a rósea ponta...


E se unem outra vez a lúbrica bacante
do meu ser e o teu sexo impávido, possante,
na comunhão sensual das delícias sem conta.


Yde Schloenbach Blumenschein

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