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22/02/18

Ausência


Meu amor, como eu sofro este tormento 
da tua ausência!... Ando magoada 
como a folha arrancada pelo vento 
ao carinhoso anseio da ramada... 

Procuro desviar o pensamento... 
mas oiço ao longe a tua voz molhada 
em lágrimas, vibrando o sofrimento 
da nossa vida assim, tão separada! 

Os meus beijos escutam os teus beijos 
exigentes — perdidos de saudade... 
crispando amargamente os meus desejos! 

E dia a dia essa canção de dor, 
ritornelo sombrio de ansiedade, 
exalta ainda mais o meu amor! 

Judith Teixeira

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