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16/08/18

Venho conhecer o teu interior


Aos céus eu falo,
e de lá eu vejo e não me calo,
a beleza da tua alma,
fascina-me essa tua calma,
que o teu tocar me faz desejar.

Vem, olha para este meu pranto
diz-me se é bonito o meu canto,
que tudo faz para te conquistar,
tudo maneio para te abraçar,
e o meu corpo calar.

Vem, sente a minha proximidade,
de ti, da tua alma, de ti,
passa a mão pelo meu ar,
este ar que um sorriso desarma,
sente-me já na minha intimidade.

Traz-me esse teu corpo doce como o mel,
toca-me como a caneta faz ao papel,
diz-me então o que sentes quando me tocas,
derrete esse desejo que arde ai dentro
e explica-me as trocas que a tua cabeça faz ao relento.

És para mim pureza refinada,
recatada, mas à alma confinada,
quando estou de ti perto,
um portão à frente abre,
é certo que o teu peito tudo sabe.

É ele que me segreda uma bela composição,
é ele que me enche de tom,
é o bater desse puro coração,
que o meu reconhece o som e o tocar,
primando o teu calor e o teu mar, par a par.

Toco-te nesse teu amado peito,
fico sem jeito, mas os teus olhos eu fito,
ritmados com a vida damos um abraço perfeito,
inundados de amor verdadeiro, nós namoramos,
beijos trocamos e verdades incendiamos, neste lume que cá dentro deitamos.

Trocamos fluidos tépidos, que cá dentro lubrificam,
são as nossas línguas que encostamos e assim ficam,
é com as nossas mãos que partes do corpo tateamos,
é com as minhas doces palavras que eu te faço aquecer até quase derreter,
calor teu que me levanta a moral e a tua imagem a minha cabeça quer reter.

Podes estar à vontade, liberta toda essa energia, que o teu corpo emana,
sente esta minha filosofia que a tua cabeça norteia,
e este meu empenho que te abana e a tua boca sons ateia,
vigor e rigidez exterior que acolhe a libido interior fundamental,
colados e juntos permanecemos enquanto eu te rego, minha flor especial.


Rui salema

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