"Adivinhar o mistério
Da tua alma quem me dera!
Tens nos olhos o outono,
Nos lábios a primavera...
Enquanto teus lábios cantam
Canções feitas de luar,
Soluça cheio de mágoa
O teu misterioso olhar...
Com tanta contradição,
O que é que tua alma sente?
És alegre como a aurora,
E triste como um poente...
Desaba no meu peito
Essa amargura tão louca,
Que é tortura nos meus olhos
E riso na tua boca."
Florbela Espanca.
Sem comentários:
Enviar um comentário