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03/12/10

A Felicidade Realista





A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote

louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguer, a comida e o cinema:
queremos a piscina, e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor! não basta termos alguém com quem
podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar literalmente apaixonados, queremos ser surpreendidos
por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas
de segunda a domingo,queremos ser felizes assim, e não de outro jeito. 
É o que dá ver tanta televisão.


Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente
quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se
sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco
que vai tentar segurar sua vida buscando coisas que saiam de graça,
como um pouco de humor,um pouco de fé e um pouco de criatividade.


Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingénuas desta tal competitividade.


Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as
regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a
felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir
embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca
inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...


Martha Medeiros


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