Madagáscar é uma gota de licor
meteorito ou anêmona, vagando
por minhas veias e artérias,
formiga-me, é um grito repetido
por inúmeros ecos no meu arcabuço,
é um sonho erodido de tão sonhado.
Os búzios, se os ouço, trazem-me
apelos do Índico, vestígios do sopro
das sereias: há-as, creiam,
só Ulisses e Vasco da Gama resistiram
por surdos que eram à linhagem
das aromáticas consoantes douradas.
Fernando Ferreira de Loanda
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